quinta-feira, 21 de setembro de 2017

Loucura e genialidade - parte 3

John Forbes Nash - matemático, esquizofrênico, paranoico e um gênio; ganhou o Nobel de matemática, reconhecido mundialmente (tenho o livro e o filme sobre ele e achei emocionante).   " As minhas ideias sobrenaturais vieram da mesma maneira que as matemáticas.  Por isso, decidi levar as duas igualmente a sério. "  John Nash

Loucura e genialidade - parte 2



Um pouquinho sobre Virgínia Woolf - escritora, ensaísta e editora britânica (1882;1941), apresentava crises depressivas, deixou um bilhete para seu marido, Leonard Woolf e para sua irmã, neste bilhete ela se despede das pessoas que mais amara na vida:  " Querido, tenho certeza que enlouquecerei novamente.  Sinto que não podemos passar por outro daqueles tempos terríveis.  E, desta vez, não vou me recuperar.   Começo a escutar vozes e não consigo me concentrar.  Por isso estou fazendo o que me parece ser a melhor coisa a fazer.  Você tem me dado a maior felicidade possível.  Você tem sido, em todos os aspectos tudo o que alguém poderia ser.   Não acho que duas pessoas poderiam ter sido mais felizes, até a chegada dessa terrível doença.  Não consigo mais lutar.  Sei que estou estragando a sua vida, que sem mim você poderia trabalhar.  E você vai, eu sei.  Veja que nem sequer consigo escrever isso apropriadamente .  Não consigo ler.   O que quero dizer é que devo toda a felicidade da minha vida à você.   Você tem sido inteiramente paciente comigo e incrivelmente bom.  Quero dizer que - todo mundo sabe disso.  Se alguém pudesse me salvar teria sido você.  Tudo se foi para mim, menos a certeza da sua bondade.  Não posso continuar a estragar a sua vida.  Não creio que duas pessoas poderiam ter sido mais felizes do que nós. "  Assinado: Virgínia Woolf    __ A obra de Adeline Virgínia Woolf é classificada como modernista.  Psicanalistas e biógrafos descrevem que os meio-irmãos da escritora a abusaram ou pelo menos tocaram de forma um tanto imoral, o que, poderia ter causado a doença maníaco depressiva, agora chamada de transtorno bipolar.  Também o pai de Virgínia Woolf era conhecido por sofrer de estresse, insônia, dores de cabeça, ansiedade.  Sua mãe morreu quando ela tinha 13 anos, sofreu seu primeiro colapso mental.   Em 1941, com o estopim da Segunda Guerra Mundial, a destruição da sua casa em Londres e a fria recepção da crítica à sua biografia do seu amigo Roger Fry, Virgínia foi condicionada ao impedimento de sua escrita e caiu em depressão.  Em 28 de março de 1941, Woolf colocou seu casaco, encheu os bolsos com pedras, caminhou em direção ao Rio Ouse e se afogou.  Seu corpo foi encontrado somente três semanas mais tarde, em 18 de abril de 1941, por um grupo de crianças perto da ponte de Southease.

Loucura e genialidade - parte 1

Hoje vou falar um pouquinho sobre personalidades: loucura e genialidade, mas, antes quero relatar alguém muito íntimo e bem comum que não faz parte da ala dos  grandes gênios da mídia, e sim, apenas sobre um homem comum como todos nós, falo do meu irmão que me adotou juntamente com outros irmãos mais minha mãe.  Meu irmão tem uma hiper inteligência, sempre foi extremamente inteligente, com todos os obstáculos do mundo que ele teve em sua vida, não o afetou, realizou seus grandes e pequenos sonhos, fez várias faculdades, sempre trabalhou (hoje ele é aposentado), mas o caso dele é outro: " Epilepsia ", sofreu preconceitos na época do qual eu ainda era um bebê (trocava minhas fraudas); mas , quando eu era mais grandinha vivenciei a cena da minha mãe com ele tentando ser aceito na igreja dos mórmons do qual ele foi rejeitado e no meu caso já estava sendo difícil de me engolir devido minha cor, e no caso da minha mãe por não ser de alto gabarito rsrs, mas no caso do meu irmão foi  por causa da 'Epilepsia' e outros fatos de preconceito;   entre todos seus conhecimentos a matemática era o seu forte, sempre teve uma expressão lunática, olhar meio que louco, viveu e vive tomando: Gardenal, http://www.medicinanet.com.br/bula/37/gardenal.htm  ( link sobre o remédio), caso meu irmão deixa de tomar o remédio ele tem convulsões, fica completamente retardado, perde noção de tudo, para meu leigo conhecimento, sei que parece ser o rompimento de uma veia do cérebro, é isso, e agora vou falar um pouquinho dos grandes gênios e sua loucura.

segunda-feira, 18 de setembro de 2017

Nise da Silveira





Nise da Silveira: psiquiatra de Alagoas, Brasil (1905-1999), se rebelou contra a psiquiatria que aplicava violentos choques para 'ajustar' pessoas e propôs um tratamento humanizado, que usava a arte para reabilitar os pacientes.   A história de Nise da Silveira já foi tema de documentários, em janeiro estrelou o filme " Nise - O Coração da Loucura ", dirigido por Roberto Berliner e estrelado por Glória Pires, o longa é baseado no livro " Nise - Arqueóloga dos Mares " do jornalista Bernardo Horta, fala sobre a psiquiatria e sua defesa da arte como principal ferramenta de reintegração de pacientes chamados "loucos".   Em 1926 Nise era a única mulher em turma de 157 alunos onde se formou na Faculdade de Medicina da Bahia e ainda na graduação apresentou o estudo Ensaio sobre a criminalidade da mulher no Brasil.   " Não se cura além da conta.  Gente curada demais é gente chata.   Todo mundo tem um pouco de loucura.  Vou lhes fazer um pedido: vivam a imaginação, pois ela é a nossa realidade mais profunda.  Felizmente eu nunca convivi com pessoas muito ajuizadas " Nise da Silveira    Em 1934 a 1936 Nise ficou presa durante o Estado Novo, acusada de envolvimento com o comunismo; foi denunciada por uma colega de trabalho que era enfermeira.   No presídio Frei Caneca, ela dividiu a cela com Olga Benário, a militante comunista alemã que na época era casada com Luís Carlos Prestes.   Nise foi citada em um livro do Graciliano Ramos "... Lamentei ver a minha conterrânea fora do mundo, longe da profissão, do hospital, dos seus queridos loucos.   Sabia-se culta e boa.   Rachel de Queiroz me afirmava a grandeza moral daquela pessoinha tímida, sempre a esquivar-se , a reduzir-se , como a escusar-se a tomar espaço. "   Nise da Silveira implementou a terapia ocupacional no manicômio, usou a arte para tratar problemas graves de saúde mental.   Introduziu gatos e cachorros na rotina dos psicóticos, foi um excelente resultado, lia muitos livros e tinha um interesse muito especial pela obra do psiquiatra suíço Carl Gustav Jung.   Nise escreveu uma carta para Jung pedindo ajuda para interpretar as mandalas que os pacientes desenhavam.   " A configuração de Mandala harmoniosa dentro de um molde rigoroso, detonará intensa mobilização de forças auto-curativas para compensar a desordem interna.  Então pedi para que fotografassem algumas mandalas e as enviei com uma carta para C.G.Jung explicando o que se passava.   Foi um dos atos mais ousados da minha vida. "  Nise da Silveira    Nise foi convidada por Jung em 1957 para estudarem juntos e na volta para o Brasil em 1958, ela criou o Grupo de Estudos C. G. Jung no Rio de Janeiro que coordenou até morrer em 1999.   Fundou a Casa das Palmeiras, a primeira instituição a desenvolver um projeto de desinstitucionalização dos manicômios no Brasil.   Ajudou a escrever a história da psiquiatria.   Em seus 94 anos de vida, a alagoana publicou dez livros e escreveu uma série de artigos científicos.  Nise representa uma resistência atemporal.