segunda-feira, 2 de outubro de 2017

Loucura e genialidade - parte 4



Thomas Chatterton (1752-1770) foi um poeta britânico, ficou conhecido pelas suas poesias escritas no estilo medieval e pelo fato de ter cometido suicídio com apenas 17 anos.   Thomas quando criança detestava brincadeiras e passava horas em contemplação, desconfiou-se que o filho fosse retardado; sua mãe viúva desde antes do seu nascimento que administrava uma escola para crianças, mas ela reconheceu, no entanto, que se tratava do oposto e ensinou-lhe a ler.  O maior talento de Thomas mostrou-se na escrita e aos 11 anos já escrevia regularmente para a Bristol Journal.  Em 1768 Chatterton publicou no jornal o poema Elinoure and Juga, que ele anunciou como obra de um monge do século XV de nome Thomas Rowley.  Na verdade a poesia era dele, mas Chatterton manteve a farsa e explicou que tinha descoberto o manuscrito perdido numa igreja de Bristol.   A obra fez sucesso e Thomas publicou An Excelente Balade of Charitie e outros poemas de Rowley, sem nunca assumir a verdadeira autoria.  Em 1970, Chatterton mudou-se para Londres para fazer a vida como poeta e jornalista.  Escreveu algumas sátiras políticas em prosa e verso e ganhou alguma notoriedade por ser capaz de copiar qualquer estilo literário.  No entanto, o talento não foi suficiente  para lhe trazer o sucesso imediato que a sua ambição pedia.   Em junho, Chatterton viu outra das suas composições medievais ser rejeitada para a publicação.  Sem meios para se sustentar, nem esperança para um futuro melhor, acabou por se envenenar com arsênico pouco antes de completar 18 anos.  Depois da sua trágica morte, o seu pseudônimo Thomas Rowley adquiriu credibilidade.  A coleção completa foi publicada em 1777 com prefácio de Thomas Tyrwhitt, um perito em chaucer que acreditava na sua autencidade.  Rowley chegou a aparecer como poeta medieval na História de Poesia Inglesa de Thomas Wharton (1778), embora na segunda edição aparece já um comentário que discute sua idade.  Chatterton só foi universalmente reconhecido como o responsável pela invenção do monge Rowley no século dezenove.  Os seus papéis pessoais, recortes de artigos de jornal e restante espólio fazem parte da coleção do Museu Britânico.

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